Vou levar-vos a um local que já muitos disseram que era o paraíso na terra, entre eles, à frente de uma câmara de televisão, José Hermano Saraiva, no programa, Horizontes da Memória.
Talvez seja um exagero ou talvez não. A verdade é que ADORO! Vou lá todas as estações do ano, pelo menos uma vez.
Já lá levei muita gente e nunca desiludi ninguém, pelo contrário todas as expectativas foram superadas. Não fui certamente a melhor guia. Contudo, no dia 30 de Dezembro, fui lá, pela primeira vez (desde que fui mãe), sem filhos e sem amigos, apenas eu, o meu tripé (que finalmente pisou aquela terra e contribuiu para as melhorar as fotografias de arrastamento de água) e o meu marido que, recentemente participou num outdoor promovido pela empresa onde trabalha, que o levou a descobrir outros trilhos e acessos que até então desconhecíamos.
Estão preparados? Roupa confortável e calçado prático para enterrar os pés na lama? Então, sigam-me!
Quando descemos a rampa que dá acesso ao parque da Cabreia, numa cinzenta tarde de fim de ano, é este o cenário que vislumbramos, lindíssimo e coberto de folhas de cor vibrante.
Mais em baixo, deparamo-nos com esta casinha que é nada mais que o WC. Sempre que lá vou, coincidência ou sorte, está sempre aberta, limpa e tem papel higiénico (muito importante).
Em frente, corre o rio Mau (o nome desse rio tem uma história, que fica para outro post).
Ao andarmos para a esquerda, caminhamos pelo parque, com mesas e bancos para picnics, que se encontram um pouco por todo o lado, nos socalcos inclusive.
À medida que o som da água aumenta, o cenário é cada vez mais belo e aumenta também a expectativa da tão esperada atracção principal.
São muitos os moinhos e pequenas quedas de água que deixamos para trás quando seguimos o som da água. Há que ter sensibilidade e uma forte paixão pela Natureza, para reparar em todos os recantos deste espaço quase imaculado e tão acolhedor.
As várias pontes que atravessam o Rio Mau, bem como as cercas que nos protegem das quedas, estão tão bem disfarçadas (feitas com a matéria prima que a mãe Natureza nos dá), que parecem fazer parte do cenário natural.
Os amantes da fotografia, certamente param um pouco por todo lado, tentando captar os vários arrastamentos de água.
Chegámos à principal atracção. A fotografia da famosa cascata da Cabreia, com 25m de altura, não é a melhor, dado que a força das águas não permitiu que me aproximasse o suficiente (tenho apenas uma lente 18-55mm, mesmo assim, ficou toda salpicada). Podem ver aqui uma foto mais apresentável da dita (tirei sem tripé este Verão).
Agora, vou subir, mas atenção, só os mais corajosos é que podem vir comigo. Cuidado! As folhas que cobrem o chão, são altamente escorregadias e o piso irregular e húmido devido à queda de água, também, todo o cuidado é pouco!
Chegámos, e agora, espasmem-se! Esta que vos escreve, que quando anda de câmara na mão e dispara por todo o lado, lamentavelmente, esqueceu-se de captar o cenário visto de cá de cima.
No entanto, andei um pouco mais para a frente, e vi esta queda a primeira que dá acesso à cascata.
Ando uns metros mais para a frente, com receio de escorregar e a beleza deste espaço continua a surpreender, bem como as várias pequenas cascatas ao longo do leito do Rio Mau.
E termina assim a vossa visita guiada, espero que tenham gostado e que voltem sempre.
Agosto de 2012 (sem tripé)
Adenda
Por lapso, esqueci-me de referir a localização, o parque da Cabreia situa-se em Silva Escura, Sever do Vouga, distrito de Aveiro.
Atenção, não confundir com a serra da Cabreira.